O Google lançou sua primeira grande atualização das Diretrizes de Avaliação de Qualidade de Pesquisa desde março, focando em conteúdo de inteligência artificial (IA) e novos tipos de spam
Avaliadores humanos usam as Diretrizes do “Search Quality Rater” para avaliar a qualidade dos resultados de pesquisa. Embora essas diretrizes não afetem diretamente as classificações, elas fornecem insights úteis sobre o que o Google vê como conteúdo de alta qualidade.
Confira os principais destaques da atualização de janeiro
1. Definição de IA generativa
Há “definições importantes” que abordam formalmente o conteúdo gerado por IA, fornecendo orientação clara sobre como os avaliadores devem considerar esses materiais.
Dessa forma, “a IA generativa é um tipo de modelo de aprendizado de máquina (ML) que pode usar o que aprendeu dos exemplos fornecidos para criar novos conteúdos, como texto, imagens, música e código.”
2. Conteúdo de qualidade inferior vs. qualidade mais baixa
Há ainda uma atualização sobre novas formas de spam e conteúdo de baixa qualidade que identifica três áreas principais de preocupação:
Abuso de domínio expirado
O abuso de domínio expirado ocorre quando um nome de domínio expirado é comprado e reaproveitado principalmente para beneficiar o novo proprietário do site, hospedando conteúdo que fornece pouco ou nenhum valor aos usuários.
Abuso de reputação do site
Essa é uma tática em que conteúdo de terceiros é publicado em um site host principalmente por causa dos sinais de classificação já estabelecidos desse site host, que ele obteve principalmente de seu conteúdo primário.
Abuso de conteúdo em escala
O abuso de conteúdo em escala é uma prática de spam descrita nas Políticas de Spam da Web de Pesquisa do Google. Isso acontece quando muitas páginas são geradas com o propósito de beneficiar principalmente o proprietário do site e não ajudar os usuários.
As diretrizes abordam especificamente o conteúdo gerado por IA sob abuso de conteúdo em escala:
“Usar ferramentas automatizadas (IA generativa ou outras) como uma maneira de baixo esforço para produzir muitas páginas que agregam pouco ou nenhum valor para os visitantes do site em comparação com outras páginas na web sobre o mesmo tópico.”
3. Como identificar conteúdo gerado por IA
No documento das diretrizes, é possível ver também exemplos específicos de como identificar e classificar conteúdo gerado por IA.
Nesse sentido, o conteúdo da página pode mostrar que ela foi criada com IA generativa, provavelmente sem conteúdo original e não fornece valor aos usuários.
Por exemplo, se um artigo começa com ‘Como modelo de linguagem, não tenho dados em tempo real e minha data limite de conhecimento é setembro de 2021.’ Ou se, ao longo do texto, há frases que parecem cortadas ou incompletas.
4. Novos requisitos técnicos
As diretrizes agora especificam que os avaliadores devem desativar os bloqueadores de anúncios para garantir uma avaliação precisa.
Isso porque alguns navegadores, como o Chrome, bloqueiam automaticamente alguns anúncios. Por isso, verifique as configurações do seu navegador antes de classificar tarefas para garantir que suas classificações reflitam com precisão como as pessoas vivenciam a página sem configurações e extensões de bloqueio de anúncios.
Conclusão
As diretrizes de estratégia de conteúdo de IA esclarecem que, embora ferramentas de IA possam ser usadas na criação de conteúdo, o foco deve ser fornecer valor único em vez de produzir conteúdo genérico em massa. Ou seja, nada diferente do que o Google tem recomendado ao longo dos anos.
Dessa forma, as seções expandidas sobre spam e conteúdo de baixa qualidade enfatizam o foco contínuo do Google em recompensar conteúdo original e de alto valor.
Além disso, os novos requisitos do bloqueador de anúncios sugerem maior atenção à forma como os usuários vivenciam as páginas da web, incluindo a publicidade. Ou seja, a experiência do usuário também é um ponto muito relevante a ser considerado.
