Storytelling: o que é e como aplicar ao seu negócio?

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Escrito por Luis Ottoni
Revisado por Luis Ottoni
janeiro 1, 2023
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Índice

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Contar histórias – ou storytelling, em inglês – parece uma tarefa fácil e, de fato, é. Afinal, a linguagem oral é uma característica nata do ser humano e, por isso, aquele que fala, naturalmente, narra uma situação ou um momento da sua vida ou da de outra pessoa.

Narrar histórias é algo tão trivial no nosso cotidiano que existe até um apelido para quem costuma fazer da vida do outro um roteiro de filme: o fofoqueiro.Quem nunca conheceu um? 

Mas o que a maioria das pessoas não se dá conta é de que ele é um autor de novela que ainda não teve espaço na dramaturgia. 

Até porque, ele elabora tantas narrativas e inclui tantos elementos novos a ela, que consegue transformar um simples encontro casual em uma trama instigante.

Não é à toa que o fofoqueiro acaba conquistando um público fiel e cativo que alimenta diariamente seu trabalho.

O que ele não sabe é que, com o tempo, esse dom de prender a atenção das pessoas com enredos bem planejados, se transformou em uma técnica muito usada na atualidade.

Empresas de diversos ramos investem nela para atrair consumidores e converter desejos em vendas. 

Estamos falando do Storytelling. Acompanhe o artigo e aprenda como desenvolvê-la.

pessoa escrevendo no notebook
Fonte: Unsplash

O que é storytelling?

Sabe aquela ideia de escrever um livro na vida? A maioria das pessoas tem vontade de contar sua trajetória no mundo, mas a mesma maioria esbarra na possibilidade de não atrair o interesse do leitor. 

É que contar histórias que envolvem o público é um desafio grande enfrentado, diariamente, por muitos escritores profissionais, inclusive. 

Se, por um lado, fisgar o leitor pela emoção é uma tarefa difícil, por outro, acaba tornando o ato de contar histórias uma arte. 

Mas, para isso, não é necessário ser artista nato. A habilidade pode ser desenvolvida a partir do uso da técnica do Storytelling.

Ela traz consigo os elementos que a história deve conter para tomar a plateia pela emoção. 

Para tanto, é preciso desenvolver o início, meio e fim da trama, utilizando personagens, ambientes, o conflito e uma mensagem.

Quais os usos do storytelling

A arte de contar histórias não fica somente no mundo da leitura. A dramaturgia brasileira é o lugar onde ela está mais presente, com suas novelas, séries e filmes  de tirar o fôlego.

Mas há outros espaços que o storytelling está presente, mas nem todo mundo percebe. No mundo do marketing digital, a arte é usada com cada vez mais sabedoria e criatividade.

Afinal, uma boa história surpreende o ser humano em um lugar onde ele não consegue controlar: a emoção, a identificação e a sedução. 

Esses sentimentos estão no plano abstrato. Por isso, é importante entender como construir cada percurso.

Assim, desde que estejam bem estruturados em uma jornada topicalizada que indique personagens, conflito e mensagem, o storytelling pode ser encaixado em conteúdos diversos que extrapolam os muros dos livros.

É possível conquistar clientes, destacar valores e construir a imagem de um negócio, utilizando a técnica do storytelling.  Para isso, é preciso aliar criatividade e técnica.

Jornada do leitor

Nesse tópico, se observa a necessidade de construir uma trajetória no qual o autor possa conduzir seu espectador, funcionando como uma espécie de linha do tempo.

Para isso, ele deve utilizar mecanismos narrativos ou elencar pontos chaves de virada da história. É o que podemos chamar de jornada do leitor.

Em uma boa história, o condutor vai transportar seu espectador/leitor por locais de interesse que o façam continuar permitindo essa condução, através da organização das ideias.

Quanto mais claras as viradas, mais instigante a narrativa

Por isso, é importante acrescentar cada tópico no em seu devido local, começando por apresentar as personagens e o ambiente, seguido de conflito e  mensagem final. Cada uma dessas fases integram o que se chama de jornada 

O storytelling traz geração de identificação com o leitor

Quem nunca assistiu a um filme e continua lembrando dele depois de anos? Agora pergunte a essa pessoa o nome dessa película. É possível que esse espectador não lembre.

O que ficou evidente nesse exemplo é que a identificação gerada com a personagem deixou marcado o enredo daquele produto audiovisual.

E é assim que acontece quando se desenvolve uma boa narrativa. Ela consegue fazer com que o leitor se sinta na pele do protagonista, sorria, chore e sofra com seu conflito.

Portanto, a identificação é tão importante. Ela pode transformar uma boa história em um roteiro inesquecível.

Despertar de emoções com o leitor

Quando o espectador se vê na personagem, as emoções são despertadas e todo o contexto em volta se transforma em memória para a vida.

Assim, essa estratégia pode partir de dois caminhos principais:

  1. O  primeiro deve considerar elementos de identidade relacionados a aspectos sociais e/ou físicos. 
  2. O outro pode ser desenhado por meio de memórias afetivas.

Em ambos os casos, o desencadeamento de ideias bem estruturadas vai cumprir o objetivo de despertar emoções no público-alvo.

É como se o espectador fosse espelhado em uma tela ou página de livro e vivesse cada passo do personagem naquele ambiente mágico que o transforma ao final da trama.

letreiro com a mensagem qual sua história
Fonte: Unsplash

Storytelling: Histórias que seduzem

Enredos que traduzem conflitos similares a da vida das pessoas, contados de maneira organizada, com ideias encadeadas,  conflito bem estruturado e uma mensagem positiva podem seduzir.

Mas a sedução também estará nos elementos usados para atrair e conquistar o público, como uma história paralela, uma metáfora, uma analogia e contos bem populares.

Em narrativas em que as histórias não são o próprio conteúdo, apenas parte dele, o roteiro pode apresentar ilustrações, gráficos e fotografias, assim como áudios ou trechos de filmes.

Ao mesmo tempo em que dialoga com a realidade, objetos, personagens e ambientes podem transitar pelo lúdico,  permitindo que o espectador vivencie uma experiência nova e fora da sua rotina. Afinal, sonhar é bom, seduz e desperta a esperança.

Quais os elementos de um bom storytelling

Com uma boa história em mãos é hora de trabalhar os principais elementos que devem fazer parte de uma narrativa envolvente.

É aquele negócio, um enredo interessante pode se transformar em um roteiro inesquecível, se forem construídos em cima de tópicos definidos e bem estruturados.  

Mensagem

No storytelling, a mensagem deve ser dividida em duas partes: a própria história, seu conteúdo, seu enredo, e a forma, que é como ela será transmitida, repassada, divulgada.

Uma boa narrativa deve conciliar as duas coisas: conteúdo instigante e estrutura organizada. Mas se a história não for bacana, será que dá pra salvar com o formato articulado ditado pelo telling (forma)?

É possível desde que a narrativa possua os pontos essenciais para que ela seja desenvolvida ou adaptada. Para tanto, é preciso contar com as fases abaixo.

Enredo e ambiente

Ambos devem estar conectados para que a história pareça real. Estamos falando de um enredo que acontece, por exemplo, no sertão do Brasil, cujo ambiente deve se somar a essa narrativa com itens que o compõem.

Não dá pra falar de sertão brasileiro e descrever paisagens de Serra com clima frio e muita chuva. O processo de convencimento do leitor passa pela construção desse enredo.

O enredo primeiro deve contextualizar a história apresentando local, clima, período, costumes, e isso será feito também pelos elementos que estarão em cena.

O ambiente, por sua vez, extrapola a composição física de objetos, tratando ainda de detalhes que vão compor o campo psicológico da personagem.

Esse espaço prepara o terreno para a apresentação dela.

Personagem

As personagens devem ser devidamente apresentadas, partindo das principais e seguindo pelas coadjuvantes, de forma que não entregue toda a sua história no primeiro momento.

Será por meio da personagem principal que o leitor vai acompanhar o contexto. Por isso, ele precisará ser encontrado pelo espectador na medida certa. 

Ou seja, o seu perfil deverá ser desvendado o suficiente para gerar alguma identificação com o público, e instigá-lo a seguir acompanhando as suas próximas ações.

De olho na importância do protagonista naquela história, cada traço da sua personalidade deverá ser cuidadosamente planejado.

Conflito

Esse é o lugar que fará toda a diferença em uma boa história. Não existe enredo instigante sem um conflito difícil de resolver. 

Afinal, o leitor espera ver uma transformação profunda do personagem, um movimento capaz de o encorajar a seguir em frente.

Assim, não faz sentido trabalhar um conflito fácil e simples, uma vez que essa não é a realidade humana, sob pena de cair em uma trama romantizada igual a outras dezenas.

Cada um, dentro do seu contexto, enfrenta desafios que, normalmente, são grandes, e uma história de verdade precisa encontrar essa identificação com o espectador.

Todo storytelling é necessariamente uma narrativa?

O esclarecimento é um só. O storytelling nem sempre é uma narrativa, mas o contrário é verdadeiro. Ou seja, toda narrativa possui os elementos trabalhados pela arte do storytelling.

O que isso quer dizer? Que determinado conteúdo pode ter sua história contada utilizando a técnica do storytelling, sem ser originalmente uma narrativa ou sem precisar transformá-la em uma.

Mostrar fatos, dados, gráficos e tratar temáticas com os tópicos que compõem um bom enredo pode transformar a apresentação de um evento, por exemplo, em um belo enredo.

Se o objetivo é prender a atenção do espectador por toda a trajetória, incluindo-o na jornada do autor, a arte do storytelling é o caminho.

homem escrevendo em computador

Como fazer storytelling com conteúdo

Depois de citar novelas, livros e filmes, empresários de áreas diferentes podem imaginar que o storytelling não poderia ser usado para dialogar com seu cliente.

Vamos imaginar que estamos tratando de um curso específico de engenharia que envolve cálculos complexos. É possível utilizar essa técnica? 

A arte de contar boas histórias pode ser aplicada em qualquer campo do conhecimento, em áreas da vida, e até para ensinar fórmulas matemáticas. Quer saber como? Acompanhe.

1. Use storytelling como parte do conteúdo

Suponha que haverá uma aula extremamente complicada de engenharia, cujo conteúdo vai dar um nó na cabeça dos estudantes.

O autor poderá utilizar elementos do storytelling em algum momento da aula trazendo à tona o exemplo da vida de José e sua trajetória. 

Sim, criar uma personagem vai chamar a atenção para uma persona parecida com algum ou muitos dos perfis presentes.

A narrativa da jornada de José deverá vir com um conflito associado. Por exemplo, algum vendedor de bolsas que se tornou engenheiro, apesar de todas as dificuldades para estudar.

Como esse conteúdo não se encaixa completamente na narrativa, usá-la como parte do processo de ensino, pode dar uma injeção de ânimo a quem está diante da dificuldade em aprender. 

Ainda assim, é importante desenvolver a história seguindo a técnica, o que implica em incluir todos os tópicos essenciais do enredo: ambiente, personagem, conflito e mensagem, de maneira curta e ilustrativa.

2. Use a história como estrutura do conteúdo

Também é possível incluir todas as informações que deseja passar em uma estrutura de storytelling.

Para isso, é fundamental criar uma história ambientalizada, com personagens, conflito e mensagem final.

Normalmente, a narrativa é clara, na qual o leitor identifica cada um dos elementos. Mas um bom enredo deve ir além.

Afinal, para que a narrativa seja atraente e persuasiva, ela pode tratar valores de um negócio, capturando o cliente por sentimentos de amor, união e compaixão.

Para tanto, é preciso organizar cada tópico em uma estrutura que insira o espectador em uma construção emotiva.

Dessa maneira, o segredo aqui é distribuir as viradas em tópicos, criando  enredo criativo e bem organizado. Essa forma vai conquistar o espectador e deixá-lo atento do início ao fim da narrativa.

3. Conteúdo em si é uma história

O roteiro de um filme, uma história de vida ou uma trama de novela podem ser incluídos nesse item, e são os mais naturais exemplos de storytelling.

Mas a história de vida de alguém pode ser transformada no enredo de alguma personagem, cujo conflito envolve mais que a rotina, mas uma mensagem de superação.

Nesse caso, a narrativa deve sempre tentar envolver o leitor pela emoção da sua personagem, fazendo com que cada passo seja dado também pelo espectador.

Storytelling no Marketing de conteúdo

A arte de contar história como estratégia para convencer o público já vem sendo usada no mercado há algum tempo. 

Aliás, o Marketing tem ganhado muitos prêmios, especialmente, quando une a técnica do storytelling a uma gama de recursos midiáticos e tecnológicos disponíveis.

Isso porque, além de encantar, os enredos precisam ser persuasivos e convincentes, capazes de tornar aquela identificação com o espectador em conversão, em aumento de vendas.

Para isso, no entanto, é importante conhecer o público-alvo a fundo, definir os valores que deseja transmitir e a forma como deve atingir o emocional do leitor.

Elementos que devem compor o storytelling

  1. Mensagem
  2. Ambiente
  3. Personagem
  4. Conflito

Vamos então aprender a identificar cada um desses tópicos dentro de uma história. Suponha que uma em negócio precise apresentar a seus clientes valores fundamentais para ampliar sua clientela.

Ao invés de exibir uma carta informando quais são eles, o marketing se encarrega de trazê-lo em uma personagem. Para tanto, ela deve ser apresentada. 

Poderia simplesmente dizer seu nome e de onde vem, mas a opção é trabalhar o storytelling, de forma que ela mesma narre uma experiência de vida, que colocou a prova algum valor moral.

O conflito está instalado no momento em que a personagem tem dificuldade em escolher o caminho que deve seguir. 

Diante desse conflito, a protagonista se vê tentada a seguir o caminho inverso ao que acredita, pois possui necessidades urgentes.

Um sinal chega através do olhar da sua pequena filha que a faz encontrar a melhor saída para aquela situação. 

Nesse momento, outro conflito cruza o seu percurso. Dessa vez, o foco se volta para a saúde da sua filha, que depende da sua integridade psicológica para conduzir a situação.

A narração da mulher acontece em primeiro plano, deixando evidente sua emoção e em um ambiente límpido, organizado, com cores e identidade que remetem à marca da empresa.

Após as lágrimas rolarem, um sorriso estampa o rosto da personagem que reafirma sua crença em valores, que são comuns a do negócio em questão. 

A mensagem de amor e superação vai sendo construída no decorrer do diálogo e, após o término da conversa,  a mensagem desejada é passada com eficiência, pois a protagonista é real e contou uma história muito parecida com a real.

personagem de toy story
Fonte: Unsplash

Exemplos de storytelling

Alguns filmes fizeram muito sucesso utilizando com louvor a técnica do storytelling. A película Procurando Nemo e Toy Story são alguns exemplos  de como envolver o espectador em uma trama cheia de aventuras.

Modelo Pixar

Ambos se apoiam em um modelo de narrativa, inovador e emocionante ao mesmo tempo. Isso porque, eles constroem a jornada do leitor, a partir de atitudes e comportamentos humanos, em personagens animados.

Além disso, o autor entrega mais de um conflito em um único enredo, destacando sentimentos comuns da vida humana. Tudo isso, a partir de uma estrutura própria.

Apresentação

Nessa fase, apresenta-se os personagens principais ao espectador em um momento comum do cotidiano. E assim como na vida do ser humano, as pessoas passam a conhecer o conflito inicial. 

No caso de Procurando Nemo, a deficiência física aparece como motivo de chacota dos amigos e da superproteção dos pais, que o vê como um peixe sem capacidade para caminhar sozinho na vida. 

É o famoso começo iniciado pela famosa frase: “Era uma vez”, que desperta o interesse pela possibilidade de trazer alguma novidade sobre algum fato antigo.

Jornada

A trama passa a se desenvolver com a saída de Nemo da sua casa em direção a um sonho. Nesse percurso, ele encontra uma série de dificuldades para alcançar seu objetivo. 

Enquanto Nemo enfrenta cada dia um novo obstáculo, seu pai vive outro conflito: o desaparecimento do filho. 

Nesse contexto, a aventura continua ganhando contornos de vida real. E, à medida que o enredo se desenvolve, tanto a personagem principal como a coadjuvante vão sendo transformadas.

Os conflitos são tão complexos que a sensação de que as personagens não conseguirão atingir o objetivo leva o público a sofrer junto com eles. 

No ápice dessa jornada, Nemo e seu pai chegam ao fundo do poço e perdem as esperanças de se encontrarem novamente.

Mudança

Nesse momento, as personagens ressurgem das cinzas e atingem o objetivo final: pai e filho se encontram e começam uma nova rotina. 

Dessa vez, com uma mensagem de amor e perdão das duas partes, o conflito se resolve e emociona o espectador.

A moral da história foi alcançada e a audiência foi tocada no sentimento de esperança e de amor, que demonstrou, ainda, que mesmo passando por muitos obstáculos difíceis, é possível alcançar o sonho.

Jornada do Herói: Modelo Joseph Campbell

Joseph Campbell escreveu o livro ” O herói de mil faces”, cuja proposta é identificar nas grandes histórias o percurso que o autor percorreu.

Nele, é possível, inclusive, encontrar o formato Pixar, que acontece com a mesma lógica do storytelling, mas de maneira mais enxuta. 

Na sequência, buscamos sinalizar o local de cada elemento do jogo, como cada virada acontece e de que forma eles podem deixar a história mais envolvente.

1. Mundo Comum

Quem são as personagens? Onde vivem e o que comem? Somente diante das pessoas apresentadas, o leitor, espectador ou público poderá perceber alguma identificação com o autor.

2. Chamado para aventura

Nesse lugar, as personagens principais vão se encontrar com seu conflito, geralmente, de forma abrupta. Elas são surpreendidas, assim como o público. Nesse momento, saberão que estão em maus lençóis.

3. Recusa ao chamado

O herói ainda não resolveu qual caminho seguir, resistindo ao primeiro chamado e decidindo se segue sua intuição ou sua necessidade, que é tentadora. 

4. Encontro com o mentor

É a hora em que a situação ou um novo elemento aparece para dar o start no conflito, levando o protagonista a decidir pelo caminho mais fácil.

5. Travessia ao mundo novo

A jornada, enfim, começa e o protagonista entra de vez na história, deixando pra trás o velho mundo e encarando uma nova realidade, cheia de emoções, aventuras, decepções e medos.

6. Testes, aliados e inimigos

Na nova realidade, o herói encontra os primeiros obstáculos, assim como, amigos e inimigos, que ele ainda não consegue identificar as personalidades. Aqui, ele atua na tentativa de conhecer as regras do mundo atual.

7. Aproximação

A primeira dificuldade é superada, mas ainda não é a pior, deixando a trama mais instigante a partir desse instante. A protagonista não sabe, mas algo pior vai acontecer. Enquanto isso, o espectador já começa a sofrer por ele. O problema é antecipado a ele.

8. A provação traumática

Mas um conflito não pode ser de fácil resolução, se não derruba o interesse do espectador ainda no primeiro instante, sob pena de se tornar apenas um romance. Aqui o protagonista chega ao fundo do poço.

9. Recompensa

Ainda assim, a personagem supera seus medos e descobre um sentido diferente para a vida. É chegada a hora da tão esperada recompensa que, normalmente, reflete a mensagem, a moral da história.

10. Caminho da volta

Aquela realidade, no entanto, ainda não é a sua, por isso, o protagonista precisa voltar à sua rotina após a mudança substancial de comportamento,.

11. Ressurreição do herói

E agora, será que ele vai agir de forma diferente, diante de uma situação similar? Só vamos saber quando o conflito se apresentar novamente. E aqui ele vem de encontro ao herói transformado.

De volta ao seu lugar de origem, a personagem reencontra conflitos antigos e resolve rapidamente

12. Retorno com o elixir

Ao final, o protagonista age a altura de uma personagem mudada, a partir de uma experiência profunda, que envolve todos a sua volta, e deixa sua rotina mais leve e harmônica.

Dicas para fazer um bom storytelling

É importante esclarecer, no entanto, que a técnica indica o caminho, mas somente ela não fará da sua história uma narrativa envolvente e persuasiva. 

Para isso, é necessário mais que uma receita de bolo. Afinal, contar história todo mundo conta, o diferencial está em torná-la inesquecível. 

Vamos a algumas dicas que poderão te ajudar nessa missão, que não é impossível, mas é bastante trabalhosa.

Seja criativo

Nossa vida é composta por muitas histórias. Algumas são naturalmente curiosas, mas a maioria delas são comuns e rotineiras.

Esse é o ponto de vista de alguém que não conhece a arte do storytelling. Basta ver de onde saíram os mais famosos enredos do cinema.

A vida é o verdadeiro celeiro de estórias. Afinal, se você observar, nela encontramos todos os elementos de uma boa narrativa: personagem, ambiente, conflito e mensagem.

O que falta então para transformá-la em um enredo envolvente e apaixonante? Criatividade. Ela é quem vai desenhar a sua narrativa. 

Para isso, deixe a imaginação voar longe e se pergunte o quanto aquela criação pode fisgar o coração dos leitores.

Conte (ou invente) uma história pessoal

Apesar da realidade ser um lugar vivo de ideias, nem sempre a história precisa ter acontecido. 

Enredos podem ser inventados, que o diga às tantas narrativas do cinema que projetam o futuro, invasões alienígenas e guerras inimagináveis, por exemplo.

Contar uma história pessoal pode ser um bom começo. Assim como a vida do vizinho, seu dia a dia deve conter alguma coisa interessante. Que tal olhar para trás e revisar sua trajetória?

É possível que nessa abordagem falte algo mais, e nessa parte é possível inventar, criar uma personagem nova ou até um final feliz. Quem sabe aquele que você sempre sonhou?

Sonhamos tanto com uma vida diferente, novos personagens, bem como aventuras. O ideal de vida pode ser o começo da criação, que inclui romances, intrigas e muita superação.

Transmita sensações positivas

Porque os grandes sucessos do cinema sempre terminam em final feliz? Você já se fez essa pergunta?

Talvez seja porque a realidade já é tão difícil, que as pessoas querem ver e ouvir mensagens positivas.

E aqui não estamos falando de narrativas romantizadas, estamos falando de um moral da história que promova a personagem a um lugar de superação, mas também de novas possibilidades a partir disso. 

Portanto, o final nem sempre precisa ser o feliz para o senso comum, mas pode ser o mais positivo para o herói e para seu público

Em resumo

Aprendeu como contar histórias? Vamos então a um bom resumo sobre o storytelling para deixar que a criatividade supere a técnica e imite a vida. Assim sua história vai ultrapassar gerações. 

O que é storytelling e quais os seus usos

É a arte de contar boas histórias, envolvendo o leitor em uma jornada cheia de emoções. Uma boa narrativa se torna inesquecível quando utiliza os elementos básicos de um bom enredo, aliando-os à criatividade e a bons argumentos. Portanto, contar uma boa história também exige conhecimento das técnicas de storytelling.

É possível utilizar o storytelling como conteúdo para convencer o espectador a consumir um produto, por exemplo, para emocionar ou mesmo para transmitir valores de uma empresa. Ou até para fazer tudo isso ao mesmo tempo, por meio de uma boa narrativa.

Como fazer um bom storytelling

O storytelling pode ser feito em parte de um conteúdo, isto é, com recursos externos como ilustrações, vivências de uma personagem e algum conflito que gere identificação 

Também como conteúdo, quando transformamos uma composição em um roteiro, ou mesmo, a história em si, construída com os elementos próprios da storytelling.

Quais são as etapas do storytelling

A arte do storytelling utiliza elementos que ajudam o autor a conduzir o leitor por uma jornada mais envolvente, bem como persuasiva. São eles: ambiente, personagem, conflito e por fim, mensagem. Todos esses tópicos juntos em uma narrativa constroem o enredo de uma boa história.

Conclusão

Que histórias podem ser transformadas em histórias por meio da técnica do storytelling, já sabemos. 

Mas não é apenas o conhecimento da arte que vai transformar sua narrativa naquela leitura inesquecível. 

Um enredo envolvente deve pegar o espectador pela emoção, um lugar difícil de alcançar, mas uma vez lá, a persuasão é quase certa.

E o marketing desvendou esse mistério há algum tempo, e desse modo, a utiliza com maestria. 

O sucesso nessa área, no entanto, não é por acaso, a venda de qualquer produto, seja ele material ou não (imagem), requer estudo profundo do público-alvo, de suas contradições e conflitos.

Antes de mais nada, é preciso compreender que emocionar o leitor exige mais do que técnica, exige imaginação, criatividade e muito trabalho. 

Por isso, contar uma história qualquer ser humano é capaz de fazê-lo, porém, apresentar uma história que fique na memória, através de uma forte emoção é para os que mais estudam e se dedicam.

Os sucessos do cinema comprovam que a técnica é eficiente e além disso, que pode transformar a vivência de uma pessoa comum em uma grande e inesquecível narrativa.

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