Fala, pessoal! Se você já pensou em abrir sua própria loja online, provavelmente se deparou com uma infinidade de opções e tipos de e-commerce, certo?
Neste artigo, vamos apresentar os diferentes tipos, quais são suas vantagens, desvantagens e ajudar você a escolher o mais adequado para o seu negócio. Continue lendo!
O que é e-commerce?
Com certeza você já ouviu falar em vendas online, as plataformas pelas quais acontecem essas vendas são chamadas de e-commerce, também conhecidas como lojas virtuais ou lojas de comércio eletrônico.
É um modelo de negócios no qual é possível comprar e vender produtos e serviços online. Assim, é uma oportunidade que abrange diversos tamanhos de empreendimentos.
A virtualidade da compra facilita o alcance de clientes, que pode ser restrita a um estado ou região específica ou pode atender nacional e até internacionalmente, como a Amazon e o eBay, por exemplo.
Além de escolher o modelo de negócio, é indispensável ter uma plataforma que atenda todas as necessidades dos consumidores, fornecedores e stakeholders envolvidos nas transações.
A ausência da interação física entre o comprador e vendedor pede que o meio escolhido seja ágil e esteja pronto para atender a todas as solicitações dos clientes, garantindo assim uma boa experiência do usuário e a lucratividade do negócio.
Como funciona o e-commerce?
A lógica de funcionamento do e-commerce segue a mesma de uma compra em espaço físico. Assim, em vez de entrar na loja, o cliente entra no seu site, escolhe os produtos de acordo com o seu catálogo, agrupa os itens desejados em um carrinho de compras.
Depois disso, ele insere os dados para pagamento e o endereço para recebimento dos seus pedidos.
No entanto, para quem deseja começar o e-commerce, o processo de funcionamento abrange algumas outras etapas:
- Escolha da plataforma na qual será feita a loja virtual;
- Listagem de produtos que ficarão disponíveis para a venda;
- Como acontecerá o processamento de pedidos;
- Organizar toda a logística de entrega.
Além disso, é preciso observar também aspectos que vão além da compra, como estratégias de marketing digital, SEO, atendimento ao cliente e segurança dos dados na transação.
Combinação entre loja virtual e física
Embora não seja necessário que donos de lojas virtuais também tenham lojas físicas, essa é uma prática adotada em grandes redes de varejo, principalmente.
Isso pode auxiliar no aumento do número de vendas, pois permite que o cliente compre algo pela internet e possa retirar direto na loja, diminuindo o tempo entre a compra e o recebimento. Além de reduzir custos com entrega para o negócio.
Outra alternativa é disponibilizar os produtos para que o cliente possa escolher pessoalmente. Assim, também é possível que ele efetue a compra diretamente pelo e-commerce, mas retire o produto na loja.
Leia também: Analytics para e-commerce: um guia para impulsionar o crescimento dos negócios
Quais são os tipos de e-commerce?
Agora você vai entender um pouco mais sobre as possíveis interações e canais dentro de um e-commerce. Isso facilitará a sua escolha em relação a públicos e canais que você poderá utilizar para aumentar suas vendas. Confira!
Business-to-Customer (B2C)
O Business-To-Customer, ou Empresa-para-Cliente é o tipo de modelo mais comum entre os e-commerces. Nele, as pessoas vão no site de uma loja e adquirem os produtos ou serviços como pessoas físicas.
Nesse sentido, empresas B2C podem vender seus próprios produtos – uma prática conhecida como direto ao consumidor (D2C) – ou podem vender produtos de outras marcas.
Por ser um mercado bastante competitivo, aqui costumam ser utilizadas mais estratégias de marketing para persuadir o consumidor dos benefícios e utilidades de comprar naquela loja virtual em específico, facilitando a decisão de compra.
Confira algumas características de um e-commerce B2C:
- Ciclos de vendas curtos (o tempo que leva para atrair um cliente potencial e fazer com que ele conclua uma compra);
- Valor médio de transação baixo;
- Alto volume de transações.
Quais são os modelos de receita mais comuns em lojas virtuais B2C?
- Dropshipping: os vendedores apresentam produtos de outras marcas em suas lojas online.
Quando alguém compra, o vendedor compra o item a um custo menor de um fornecedor terceirizado que o envia diretamente ao cliente. O processo geralmente é automatizado.
- Serviços de assinatura: os clientes pagam taxas recorrentes para acessar um serviço contínuo ou entrega regular de produtos.
Streamings como a Netflix e a HBO são serviços de assinatura B2C populares.
- Produtos usados/recondicionados: os vendedores adquirem estoque usado de consumidores e outras empresas. Uma modalidade bastante comum no Brasil é a revenda de celulares seminovos ou consertados.
Business-to-Business (B2B)
O modelo Business-to-Business, ou Empresas-para-Empresas ocorre entre pessoas jurídicas. Esse tipo de relação é comum entre fornecedores de matérias-primas, serviços de licença para SaaS e empresas receptoras que podem consumir ou revender esses produtos em negócios B2C, por exemplo.
Por isso, o volume de compra costuma ser bem maior do que em um negócio B2C e geralmente demanda uma quantidade ou valor mínimo de produtos para que a transação ocorra.
Assim, quem trabalha com esse tipo de comércio precisa ter uma boa capacidade de estoque, bem como processos logísticos bem definidos para que não aconteçam imprevistos que possam comprometer a cadeia produtiva.
Além disso, ter condições especiais no frete pode ser um diferencial para fechar mais vendas.
Produtos white label (“etiqueta em branco”) são vendidos nesse formato. Assim, o produto é vendido “em branco” sem a marca do fabricante, que concede essa propriedade ao comprador, que comercializa os serviços para seus consumidores.
Esse modelo é bastante comum na aquisição de softwares e plataformas de gestão de dados.
Confira algumas características de um e-commerce B2B:
- Ciclos de vendas mais longos;
- Valores de transação mais altos;
- Compras mais recorrentes.
Customer-to-Customer (C2C)
Em lojas virtuais Customer-to-Customer, ou Consumidor-para-Consumidor, há a possibilidade de transações entre pessoas físicas. É isso mesmo! Você pode não pensar muito a respeito, mas tenho certeza de que já ouviu falar na OLX, Mercado Livre, Enjoei ou Ebay, por exemplo.
Todos esses são modelos C2C nos quais é possível criar uma conta e vender os seus produtos. Em troca do espaço, você paga uma pequena taxa à plataforma.
Esse espaço também é conhecido como marketplace e pode abranger uma diversidade enorme de produtos, desde roupas a eletrônicos e produtos artesanais/ personalizados.
Confira alguns serviços que você pode obter:
- Listagem de produtos;
- Processamento de pagamentos;
- Controle de qualidade dos objetos e serviços oferecidos;
- resolução de disputas para manter o fluxo de dinheiro e produtos entre os consumidores.
Customer-to-Business (C2B)
E se uma pessoa física fosse vender para uma empresa? Já imaginou? É o que o Customer-to-Business, ou Consumidor-para-Empresa, faz.
Pode até parecer estranho, mas são modelos bastante comuns na venda de produtos e serviços como bancos de fotos ou plataformas de serviço freelance. Assim, o fotógrafo ou profissional freelancer envia suas fotos ou um portfólio para que empresas possam contratá-lo.
Além disso, redes de influenciadores digitais também são considerados modelos C2B. Isso porque elas conectam marcas a consumidores, que geralmente são os seguidores do influencer em determinadas redes sociais ou em uma rede especializada.
Business-to-Government (B2G)
O processo Business-to-Government, Empresas-para-Governo, também conhecido como Business-to-Administration (B2A), ou Empresa-para-Administração Pública pode ser um pouco mais lento do que os outros.
Isso porque as contratações para o governo ou instituições públicas geralmente demanda processos de licitação nos quais há a verificação de critérios como o correto pagamento de tributos e obrigações trabalhistas.
Além disso, quem deseja trabalhar com B2G precisa estar atento a diversas condições necessárias. Estas podem ser consultadas em editais e variam de acordo com o tipo de prestação de serviço e produto a ser fornecido.
Os modelos de comércio eletrônico B2G podem ser bons para empresas com ofertas de nicho e marketing eficaz. Além disso, contratos governamentais mais longos normalmente significam mais previsibilidade e segurança financeira.
Confira algumas características de um e-commerce B2G:
- Longos ciclos de vendas;
- Altos valores de transação;
- Requisitos rigorosos de conformidade.
Citizen-to-Government (C2G)
O modelo Citizen-to-Government, Cidadão-para-Governo, capacita consumidores ao facilitar negociações, processos administrativos e pagamentos.
Nele, as pessoas podem propor soluções que contribuam para a eficiência na prestação dos serviços governamentais. Isso pode ser feito por meio do governo eletrônico (e-gov).
Tipos de e-commerce que funcionam em diversos canais
Social Commerce (S-commerce)
O S-commerce traz uma tendência bastante explorada ultimamente: a venda por meio das redes sociais, ou social selling. Isso acontece por meio da integração de e-commerces nas próprias redes, permitindo compras diretas.
Você pode já ter visto isso no Facebook e no Instagram.
Nos perfis que têm essa funcionalidade, é possível inserir links para os produtos dentro do post. Assim, o usuário interessado pode clicar e efetuar a compra. No Instagram também existe a funcionalidade de habilitar o botão “Comprar agora” em campanhas de anúncios.
O Pinterest também permite criar galerias e listas de produtos com seus respectivos preços.
Mobile Commerce (M-commerce)
O uso do celular é tão frequente para tudo hoje em dia, que existem canais específicos para isso. Quando se fala em boa experiência, a responsividade é um dos aspectos mais levados em consideração.
É ela – a responsividade – que garante o ajuste da loja virtual para a tela do celular. Isso garante que o comprador consiga ler a descrição dos produtos, visualizar as fotos e fazer outras ações que vão ajudá-lo a ter uma experiência completa.
De acordo com o relatório WebShoppers, em 2016, 21,5% das compras virtuais no Brasil aconteceram por meio de smartphones ou tablets.
Um recurso que pode ser explorado nesse formato é o envio de notificações com novidades, descontos e promoções.
TV Commerce (T-commerce)
Embora não seja tão popular no Brasil, o T-commerce é uma forma de comprar direto de canais de TV sem precisar de uma segunda tela. Isso acontece em televisores modernos, as Smart TVs, que têm acesso nativo à internet.
Assim, caso o telespectador veja um produto pelo qual se interesse em uma série, filme ou outro programa, ele pode utilizar recursos interativos para fazer a aquisição. Essa mediação é uma nova forma de aquisição de receita para emissoras e canais de TV.
Um exemplo famoso por aqui foi a Central de Atendimento ao Telespectador (CAT), do grupo Globo. Nele, era possível ligar e perguntar sobre produtos específicos que apareciam na programação.
Live commerce
Depois dos sucessos das lives na pandemia, o formato permaneceu e se adaptou à nova vida. Assim, foram criadas as live commerce, também conhecidas como live shop. O principal intuito é gerar compras por meio de gatilhos estrategicamente utilizados dentro de lives.
Dessa forma, marcas podem patrocinar artistas e conceder cupons de desconto para os espectadores. É comum que sejam feitas no Instagram, YouTube, Facebook ou qualquer outra plataforma própria.
Como organizar as categorias de um e-commerce?
Dentro de um e-commerce, a organização é um requisito indispensável. Isso melhora a experiência de compra, facilita a navegação do usuário e, para quem está administrando, facilita a categorização e os cadastros.
Utilizar categorias e subcategorias claras e específicas facilita também a localização de cada produto.
Como fazer uma boa gestão de e-commerces?
Uma boa gestão para lojas virtuais envolve escolhas em diversas etapas. Aqui estão alguns pontos fundamentais:
- Escolha uma plataforma completa: Escolha uma plataforma de e-commerce que atenda às necessidades do seu negócio, oferecendo flexibilidade, segurança e funcionalidades robustas.
- Utilize funcionalidades que facilitem sua rotina: Automatize processos repetitivos e utilize ferramentas que facilitem a gestão de pedidos, inventário e atendimento ao cliente.
- Mantenha-se atualizado com as regulamentações fiscais: Acompanhe as regulamentações fiscais e assegure-se de que seu e-commerce esteja em conformidade com as leis vigentes.
- Analise dados e tome decisões estratégicas: Utilize ferramentas de análise para monitorar o desempenho do seu e-commerce e tomar decisões baseadas em dados para otimizar suas operações.
Conclusão
Agora que exploramos a fundo os diferentes tipos de e-commerce, você está muito mais preparado(a) para tomar a melhor decisão para o seu negócio.
Desde entender as particularidades dos modelos B2B e B2C, passando pelas oportunidades do C2C e C2B, até as novas tendências como o S-commerce e M-commerce, vimos que cada modalidade tem suas vantagens e desafios únicos.
A escolha do tipo de e-commerce ideal deve levar em consideração diversos fatores, como o público-alvo, a natureza dos produtos ou serviços oferecidos e as capacidades operacionais da sua empresa.
Lembre-se, não existe uma solução única que funcione para todos. Por isso, é essencial analisar o mercado, entender suas necessidades específicas e adaptar a estratégia conforme o crescimento do negócio.
O sucesso no e-commerce não vem apenas da escolha do tipo certo, mas também da gestão eficaz e do acompanhamento contínuo das mudanças no comportamento dos consumidores.
Então, agora é com você! Aproveite todo o conhecimento adquirido, coloque as mãos na massa e crie uma loja virtual de sucesso. E, claro, continue nos acompanhando para mais dicas valiosas sobre o mundo do e-commerce e SEO. Nos vemos no próximo artigo! 😉